sábado, março 15, 2014

Sobre o optimismo

Para alguns a vida é difícil. Para outros, apenas um desafio. Ou uma sucessão deles. Para mim, uma constante aprendizagem. Um montar e desmontar de peças que se podem encaixar de várias formas. Mas apenas nalguns sítios. Porque no fim, tudo tem que bater certo por mais voltas que dêmos, por mais desencontros que hajam. E talvez seja por isto que erramos. Para saber que essa peça não pertencia a esse lugar. Para que possamos saber, aprendendo, onde a devemos colocar. No fundo, não são erros. São enganos. Que se limitam a servir de meios para que possamos decidir o rumo que queremos tomar. Por isso, não há como não ser optimista.

sexta-feira, março 07, 2014

Awakening



O toque do despertador quebrou o silêncio da noite. Ela mexeu-se e lutou contra o som implacável que se ouvia. Impiedoso, esse objecto que desperta os humanos do fantástico mundo inconsciente do sonho. Mas ela raramente sonha e essa noite não foi excepção. Cedeu e levantou-se, assim, sem pensar. Porque nestas alturas, pensar é racionalizar a vontade do corpo e o corpo, esse, queria continuar ali. Lavou a cara e a água gelou-lhe os sentidos por breves segundos. O frio desperta mas retrai a vontade de acordar. Inibe a vontade de sair do sono. Fraquezas do ser humano.

Vestiu-se e tomou o pequeno-almoço. E pensou como era bom ouvir o silêncio do mundo que ainda dormia. Depois, sem pressas, saiu, deixando atrás de si um rasto perfumado pela maresia que, como a Sophia, lhe enchia metade da alma. E já no carro, pronta para seguir viagem, escolheu o primeiro som que queria ouvir nesse dia. Porque é preciso escolher bem a forma como começamos cada dia. Não podemos controlar as imagens, porque não temos o mundo à disposição e nele não há só imagens bonitas. Mas podemos controlar os sons que, muitas vezes, são simplesmente um eco de nós mesmos projectado no silêncio. E por isso é importante ouvir sons bonitos, para que nos sintamos, também, cheios dessa beleza. Será isto a música?, pensou.

E um novo dia começou. Para ela, agora,  com a Chegada dos Pássaros e a visão do Atlântico.

quinta-feira, março 06, 2014

Oh, So simple.

Muitas vezes complicamos tudo só porque sim. Porque não sabemos ser práticos, concisos, directos. Porque achamos que só complicando conseguimos encontrar o verdadeiro caminho para o que queremos encontrar. Porque estamos habituados a ver, a ter e a querer demasiadas coisas. Porque nem nos damos conta que o que realmente nos completa está à nossa frente, muitas vezes a um simples passo. E esse passo, embora curto, pode ser grande. Para nós, para os que nos rodeiam, para o mundo.

Por isso, tenho cada vez mais a certeza que para ser feliz não é preciso complicar, não é preciso pensar muito. É preciso, sim, encontrar a coragem para aprender a [dis]pensar e seguir a intuição que nasce connosco. E dar esse passo. Porque somos o que queremos e não o que querem fazer de nós. E para isso não é preciso pensar muito. Apenas pensar bem.