segunda-feira, agosto 31, 2009

Fracasso.

É quando fracassamos que mais crescemos, mais aprendemos e maiores nos tornamos. De que nos servem as vitórias, os sucessos que nada nos acrescentam e nos levam a comemorações quase sempre exageradas com louros sob a cabeça? É quando estamos a um canto (sim, porque os fracassos são só nossos!), perdidos na densa bruma do horizonte, que tomamos real consciência da dimensão que existe ainda por percorrer e imaginamos a quantidade de desilusões, problemas, fracassos e derrotas que hão-de passar por nós, mais ou menos perto...

Ao longe, penso que bem longe, hão-de estar as provas do que digo... Que ficamos sempre mais fortes depois de cada derrota. Porque somos seres capazes de crescer com as adversidades, de pegar novamente nas armaduras e seguir em frente. Custa. Mas vale a pena!

sexta-feira, agosto 28, 2009

fases


Estou em fase de arrumações... mentais, digo! Preciso urgentemente de tomar decisões, escolher caminhos e definir objectivos. Os anos vão passando e com eles a juventude que nos dava a ligeireza de achar que nada era importante e significativo. Não que ache que estou velha. Não quero é sentir que já estou velha e não fiz o que devia. É preciso parar, pensar, pegar num lápis e tentar traçar os pontos base da nossa vida. Sem esses nada está feito, tudo desliza e corre sem sentido... E basta um para começar e tirar o maior proveito daquilo que a vida tem para nos dar. Porque nada acontece por acaso e nada se deve desperdiçar...

Caim

É este o título que José Saramago escolheu para o seu novo livro, que será publicado em Outubro. Já se avista um livro polémico, muito ao estilo do "Evangelho", mas estou certa que não me desiludirá uma vez mais. Tal como diz Pilar del Río, "a grande literatura está aí para cravar-se em nós como um punhal na barriga." Não tenho dúvidas que aasim será! "Que sorte a nossa ter quem nos escreva!"

quinta-feira, agosto 27, 2009

Estou de volta...

...mas hoje com uma terrível enxaqueca!

sexta-feira, agosto 14, 2009

leituras.

Concordo inteiramente com José Saramago quando diz que "a leitura é actividade suficientemente importante para dever ocupar-nos durante todo o ano, este em que estamos e todos os que vierem", mas é certo que em tempo de férias sobra-nos mais tempo e disposição para a pôr em dia e actualizar as nossas referências bibliográficas! Desta forma, não deixo de cair na tentação de pegar nuns quantos livros (uns mais novos, outros nem por isso...) e me propôr a lê-los nas férias que se avizinham!

Ao passar os olhos pela estante, dou-me conta que tenho saudades de ler Eça de Queiroz, apesar de ter os "Contos" na mesa de cabeceira... Por isso, olho para "A Cidade e as Serras" e este é um dos livros que elejo para levar comigo na bagagem de férias. "Jesusalém", do Mia Couto, também irá e "A Jangada de Pedra" (que ando há anos a tentar passar das primeiras páginas!) acompanha-o para mais um tentativa (pode ser que seja desta...). Não sei se conseguirei ler muitos mais, mas vou levar também "As Memórias de Adriano", que estão em "banho-maria" e o "Processo", que nunca cheguei a terminar. Gosto da ideia de andar sempre cheia de livros, pois os livros são um bocadinho de nós ou, na realidade, criam sempre mais um bocadinho em nós!

Quando iniciei este post (há uns dias...), esperava levar também o novo livro de Miguel Sousa Tavares. Contudo, já o li, e devo dizer que, apesar de continuar a gostar da sensibilidade com que escreve, da capacidade que tem em transmitir as emoções e os sentimentos para o papel, esperava bem mais do livro!

Posto isto, parto de férias para terras de mouros e volto em breve... Revigorada e com as leituras em dia!

quinta-feira, agosto 13, 2009

Bandeira.

Esta história da troca da bandeira de Lisboa pela bandeira monárquica, realizada por dois membros monárquicos do 31 da Armada, é, na realidade, um facto histórico no que conta à falta de interesse que o acto em si contém. Que nos interessa a nós ter uma bandeira monárquica hasteada na varanda dos Paços do Concelho? Francamente não percebo o porquê desta histeria e quase glorificação dos autores desta proeza... Que esperavam? Que fôssemos todos a correr votar no Partido Monárquico nas próximas eleições legislativas? Que houvesse um golpe de Estado devido a um furto da bandeira que, por direito, merece estar hasteada na CML? Penso que nenhum de nós, pelo menos os mais clarividentes e bem informados, deseja ter um Rei como D. Duarte de Brangança, em que a única sensação possível de realizar nos seus "súbditos" seria a de riso incontrolado quando decidisse proferir uma palavra!

A Monarquia foi, em tempos, algo possível e verosímil. Actualmente penso que é totalmente descabido, surreal e impossível pensar-se em algo semelhante e parece-me que estes senhores do 31 da Armada se deveriam ocupar em realizar actos heróicos mais significativos, proveitosos e com algum sentido, ao invés de andarem a subir a escadotes para trocar bandeiras que nenhum real significado têm na situação actual do país. "Restaurar a legitimidade monárquica"?? Só se fosse eu a Rainha...


P.S.: Não é que eu não concorde, mas penso que as nossas forças policiais deveriam aproveitar o ritmo célere com que detiveram os responsáveis e solucionaram este caso da bandeira para tentar resolver outros um pouco mais importantes... Como o da "cegueira repentina" do Santa Maria, em que andamos há mais de duas semanas a tentar descolbrir quem trocou o Avastin e até agora nada. O que é certo é que, nesta situação, houve um real e muito grande prejuízo...

Arrumações


Ando um pouco ausente do blog, mas não é devido a férias... De facto, ando em arrumações e, com isto tudo, acabo por não ter tempo para nada! Já comecei uns três posts (que entretanto já quase não fazem sentido!), mas ainda não consegui terminá-los como queria! Enfim, a minha vida tem sido assim: berbequim para um lado, parafusos para outro, caixotes em todos os cantos e é desesperante perceber que já ando há praticamente 1 semana e meia nesta azáfama e continua tudo um caos!!!


Nada como ter dinheiro, ir de férias para qualquer lado bem longe daqui e pagar a alguém para me arrumar e remodelar a casa enquanto não estou... Mas enquanto tal não é possível, terei de me resignar com esta triste sorte de ser eu a fazer tudo e chegar ao fim do dia completamente exausta! Pelo menos nestas duas últimas noites sempre deu para ir à varanda e ser brindada com o espectáculo das Perseidas! Não pode ser tudo mau!!