quinta-feira, agosto 13, 2009

Bandeira.

Esta história da troca da bandeira de Lisboa pela bandeira monárquica, realizada por dois membros monárquicos do 31 da Armada, é, na realidade, um facto histórico no que conta à falta de interesse que o acto em si contém. Que nos interessa a nós ter uma bandeira monárquica hasteada na varanda dos Paços do Concelho? Francamente não percebo o porquê desta histeria e quase glorificação dos autores desta proeza... Que esperavam? Que fôssemos todos a correr votar no Partido Monárquico nas próximas eleições legislativas? Que houvesse um golpe de Estado devido a um furto da bandeira que, por direito, merece estar hasteada na CML? Penso que nenhum de nós, pelo menos os mais clarividentes e bem informados, deseja ter um Rei como D. Duarte de Brangança, em que a única sensação possível de realizar nos seus "súbditos" seria a de riso incontrolado quando decidisse proferir uma palavra!

A Monarquia foi, em tempos, algo possível e verosímil. Actualmente penso que é totalmente descabido, surreal e impossível pensar-se em algo semelhante e parece-me que estes senhores do 31 da Armada se deveriam ocupar em realizar actos heróicos mais significativos, proveitosos e com algum sentido, ao invés de andarem a subir a escadotes para trocar bandeiras que nenhum real significado têm na situação actual do país. "Restaurar a legitimidade monárquica"?? Só se fosse eu a Rainha...


P.S.: Não é que eu não concorde, mas penso que as nossas forças policiais deveriam aproveitar o ritmo célere com que detiveram os responsáveis e solucionaram este caso da bandeira para tentar resolver outros um pouco mais importantes... Como o da "cegueira repentina" do Santa Maria, em que andamos há mais de duas semanas a tentar descolbrir quem trocou o Avastin e até agora nada. O que é certo é que, nesta situação, houve um real e muito grande prejuízo...

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