terça-feira, junho 07, 2011

Perdida

Perco-me em tudo.
Por onde ando
o caminho é escuro.
Não há luz,
não há som,
não há nada.
Simplesmente nada!
A vida escorre-me entre os dedos,
sem que eu a consiga agarrar,
e tudo passa sem sentido.
E eu? Fico a ver,
mera espectadora de mim própria.
A ver os sonnhos que fogem
e as luzes que se apagam.
Uma a uma.
Imóvel.
Não tenho nada
e já tive tudo,
mesmo quando o tudo
parecia ser nada.
E agora, sim, resta-me esperar.
Aguardar serena a morte que me chama.

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