Se nos cabe a nós, artistas, mudar isso? Cabe. Mas também cabe ao governo, às escolas e universidades, às grandes empresas e instituições. Acontece que parecem sempre haver outras prioridades, com crise ou sem crise, com dinheiro ou sem dinheiro. Não são precisos milhões para mudar isto, apenas algo que existe pouco a quem tem poder para o fazer: vontade.
Este não é um texto para me queixar, para dizer mal do país e do estado da cultura [da música, em particular] em Portugal. É um post que retrata, só e apenas, a conclusão a que cheguei após tantos anos. E é por chegar a ela que começo a pensar que posso fazer ainda muito mais na minha vida, que por muito que goste de música, também me vejo a fazer muitas outras coisas. O que não quero é ser alguém frustrado por não ter forma de se sentir realizado na sua área, que diz mal de tudo e de todos com um ressentimento que o corrói diariamente. Nunca fui de ficar parada à espera que as coisas acontecessem. Nós criamos as nossas oportunidades e escrevemos o nosso futuro, por isso, vou-me pôr a caminho.
P.S.: Gosto mesmo muito do Robin Sharma!!
Este país, este planeta não é para pessoas.
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